quarta-feira, 18 de junho de 2008

Dois perfis e um sonho

Por Ednaldo Rodrigues
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A região do futuro Estado do Tapajós apresenta dois perfis culturais bem diferentes.
Os municípios que compõem a Calha Norte, em sua grande maioria, são habitados por nativos da região. A autonomia administrativa desses municípios remontam há mais de um século. Os costumes da população tem haver com a realidade amazônica, com o predomínio da cultura cabocla.
Os municípios que se localizam ao longo das rodovias Transamazônica e Santarém Cuiabá, a população apresenta característica diferente. A maioria das pessoas veio de outros estados brasileiros e mantêm as suas tradições de acordo com os seus estados de origem. Esses municípios têm menos de trinta anos de fundação e a cultura praticada reflete a realidade do Sul e do Nordeste brasileiro.
As lideranças são praticamente unânimes pela realização do plebiscito e a criação do Estado do Tapajós, embora muitos peçam para ficar no anonimato com medo da pressão dos governantes. No entendimento da população da região, o único projeto capaz de reduzir o sofrimento das pessoas relegadas ao esquecimento e ao abandono é a criação do novo Estado, pois com isso viriam outros benefícios nas áreas da educação, saúde, infra-estrutura e Segurança Pública.
O Estado do Tapajós, portanto, é a única saída gloriosa do ostracismo político, econômico e social que pode contribuir de forma verdadeira com o desenvolvimento da região. Os representantes desses municípios esperam muito pela decisão dos municípios maiores, e pouco se envolvem politicamente para viabilizar o projeto, por medo das autoridades da capital do Estado e de Brasília cortarem as migalhas destinadas à região.
Ao contrário do que se poderia esperar dos representantes do povo, ou seja, segurança e proteção, reina o terror e a humilhação em nome das benesses e da perpetuação do poder que é concedido as pseudo autoridades por maio voto.
Não esqueça. A eleição 2008 vem ai.

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